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DÚVIDAS FREQUENTES
Este artigo irá tratar das dúvidas mais comuns e alimentos um pouco mais difíceis de classificar e entender os efeitos no corpo. Clique sobre o alimento ou a dúvida para ir diretamente à resposta ou retornar para à lista.
DÚVIDAS
Quais os principais aspectos da alimentação dos nossos ancestrais que não são possíveis de reproduzir hoje?
A Dieta Paleolítica é uma dieta extrema, que corta carboidratos ou libera gordura?
Qualquer pessoa pode praticar uma Dieta Paleolítica?
A Dieta Paleolítica é uma só?
Existem horários ou quantidades pré-determinadas para comer?
É possivel uma Dieta Paleolítica vegetariana?
ALIMENTOS CONFUSOS
Amendoim
Batata Inglesa
Café
Carnes Processadas (Bacon, Salsicha, Presunto, etc)
Óleo de Côco
Polvilho de Mandioca (e Tapioca)
Sucos e Frutas Secas
DÚVIDAS RESPONDIDAS
Quais os principais aspectos da alimentação dos nossos ancestrais que não são possíveis de reproduzir hoje?
Nossos ancestrais consumiam os animais recém abatidos, garantindo uma maior taxa de glicogênio (carboidrato), que é perdido, após a morte do animal, nas carnes que temos acesso no açougue ou supermercado. O rigor mortis exige energia, e queima todo o carboidrato. Eles também consumiam orgãos e as carcaças, prática considerada não muito agradável hoje. Isso aumentava a quantidade e variedade de micronutrientes (vitaminas e minerais) obtidos de fonte animal. Até vitamina C pode ser obtida assim. A solução hoje é extremamente simples, basta aumentarmos as quantidades de frutas e vegetais, suprindo os carboidratos e micronutrientes. As frutas hoje são mais doces, mas isso é compensado pelo fato da carne não possuir carboidrato. No final nosso corpo não notará qualquer diferença.
Animais confinados e alimentados com ração de grãos possuem taxas maiores de Omega 6 e menores de Omega 3 do que o ideal. Sempre que possível é preferivel optar por carnes de animais criados livres e alimentados sem ração. Quando não for possível, uma solução é aumentar a quantidade de azeite ou abacate, ricos em Omega 3, que irá equilibrar a proporção. A boa notícia é que, segundo a ABIEC, 91,4% do gado brasileiro não passa por processo de confinamento.
Por último, entram duas questões mais relacionadas com estilo de vida do que com alimentação. Nossos ancestrais tomavam sol regularmente, o que é essencial para a produção de vitamina D. Caso você não se exponha o suficiente à luz solar, é possível suplementar a vitamina D por via oral. A outra questão é a atividade física, embora não seja o fator preponderante no emagrecimento, é essencial para a saúde. Se você não pratica atividade física, bom... Pratique. A Dieta Paleolítica manterá seu peso correto, independente de exercícios físicos, mas nada é capaz de substituir seus benefícios na saúde e disposição.
A Dieta Paleolítica é uma dieta extrema, que corta carboidratos ou libera gordura?
Não. AQUI há explicações sobre esses e outros mitos.
Qualquer pessoa pode praticar uma Dieta Paleolítica?
Isso é o mesmo que perguntar se qualquer leão pode comer carne ou qualquer vaca pode comer capim.
A Dieta Paleolítica é uma só?
Não, os macronutrientes (carboidratos, gordura e proteína) podem ser modificados para atingir objetivos específicos. Existe uma variedade imensa de alimentos equivalentes, onde é possível seleciona-los de acordo com o gosto pessoal.
Existem horários ou quantidades pré-determinadas para comer?
Não. Comer à vontade e de acordo com a fome é mais do que suficiente para a quase totalidade das pessoas. Praticantes de musculação e atletas podem se beneficiar de um controle maior nos macronutrientes. Há informações a respeito em diversos guias no site. Começando por AQUI.
É possivel uma Dieta Paleolítica vegetariana?
A resposta curta é: não. A resposta mais elaborada é: definitivamente não. Cerca de 75% das Calorias na alimentação dos nossos ancestrais vinham de fontes animais. Como a carne hoje não possuí carboidratos (são perdidos após a morte do animal) e temos acesso a fontes vegetais de gordura, uma Dieta Paleolítica moderna exige no mínimo 45% das Calorias em fontes animais, que podem ser peixes ou ovos.
ALIMENTOS EXPLICADOS
Amendoim
É um legume, grão proveniente das leguminosas. É da mesma família do feijão, soja, ervilha, etc, e não faz parte da dieta. AQUI são explicados os malefícios.
Batata Inglesa
É discutível se é Paleolítica ou não, mas não é nada recomendada como alimento regular. Apresenta índice glicêmico elevado, liberando muita energia de uma vez, causando indisposição e criação de reservas de gordura. Mais informações AQUI.
Também apresenta saponinas, que como o nome diz, são substâncias com propriedades semelhantes ao sabão, agredindo as paredes das células, que são feitas de gordura.
Prefira a batata-doce, inhame ou mandioca.
Café
Existem histórias de que ele era utilizado na Etiópia no século 9, mas não existe evidência comprovada do uso de café por humanos antes do Século 17. De qualquer maneira, ele é muito mais recente do que a revolução agrícola, não é Paleolítico, e pode ser considerado um estimulante artificial, apesar de ser produzido a partir de uma planta.
Ele pode apresentar diversos efeitos benéficos, incluindo emagrecimento e melhora na performance esportiva, mas com um preço alto: A cafeína inibe os nossos sistemas naturais de estimulação, e o corpo fica dependente dessa estimulação externa. Após poucas semanas de uso constante, são esperadas dores de cabeça, fadiga e indisposição caso a cafeína seja retirada, praticamente uma crise de abstinencia. Adicionalmente, em 30% das pessoas, café possui um efeito laxativo, podendo causar diarréias. O consumo esporádico pode ajudar pessoas dentro desses 30% que sofrem de constipação.
Estudos sobre os efeitos de longo prazo na saúde, como infarto, expectativa de vida e câncer, são inconclusivos. Acredita-se que os possíveis benefícios se devem ao seu efeito anti-oxidante. Em uma alimentação tradicional, com níveis sofríveis dessas substâncias, é possível algum efeito positivo. Em uma alimentação rica em frutas e vegetais, esse efeito é diluído e torna-se insignificante.
E para piorar, como qualquer droga, a cafeína causa tolerância no organismo. O corpo aprende a retira-la cada vez mais rápido do sangue, sendo necessárias doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Se você vem consumindo regularmente, as doses hoje certamente tem uma fração do efeito que tinham quando o hábito foi iniciado. Um atleta que não consuma café pode ter um pequeno aumento, mas mensurável, de performance ao consumi-lo antes de uma competição ou evento importante. O mesmo não pode ser dito para um atleta que o consuma regularmente.
Você certamente irá experimentar alguns benefícios ao incluir café na sua rotina, mas rapidamente eles serão substituídos pela dependência e desequilibrios na disposição natural e sono, o que torna realmente complicado perceber que ele é o culpado, afinal, fez bem quando foi introduzido. Meu conselho pessoal: Só consuma café caso você tenha o poder de decidir toma-lo ou não, podendo ficar dias sem ele sem qualquer efeito colateral. Caso não consiga ficar sem, bom, é um sinal que o vício está instaurado. Algumas estrágias para supera-lo envolvem o uso de chá verde, com menos cafeína e mais antioxidantes, outras preferem ir "cold turkey", termo em inglês para se livrar de um vício abandonando-o de uma vez.
Se você visa obter o máximo benefícios, disposição e energia que uma Dieta Paleolítica pode oferecer, café deve ser excluído da alimentação regular.
Como curiosidade, 2,7 litros de café espresso são letais para uma pessoa de 70 kg. No link você pode encontrar mais informações e dicas para se livrar do vício.
Carnes Processadas
Bacon, Salame, Presunto, Linguiça, Salsicha, Enlatados e outros. Não são Paleolíticos pois apresentam: Excesso de gordura, excesso de sal e produtos químicos. Não existem registros de povos tribais, atuais ou paleolíticos, que consumiam acima de 50% das Calorias em gordura. Com carnes processadas em excesso é bem fácil passar desse número. Podem ser aceitáveis em uma dieta low-carb com foco em emagrecimento, mas não em uma dieta com foco em saúde.
Óleo de Côco
É um óleo considerado como aprovado em uma Dieta Paleolítica. Mas, apesar da sua fama recente, não é necessário ou nenhum super-alimento. Ele tem alguns benefícios, como possuir cadeias médias de triglicerídeos que fornecem energia rapidamente, promove saciedade, aumenta o HDL (colesterol de alta densidade, considerado bom), e tem grande concentração de ácido láurico, que contém propriedades antimicrobianas, melhorando o perfil de bactérias no intestino.
Mas, ele é mais de 90% gordura saturada. Atualmente sabe-se que a gordura saturada não eleva o risco cardiovacular (consumi-la ou não é indiferente), mas sabe-se também que a gordura insaturada o reduz significativamente. Ao acrescentar uma na alimentação, a outra automaticamente deve ser reduzida ou removida. E ai entra o maior rival do óleo de côco, o bom e velho Azeite de Oliva. Ele é rico em gorduras insaturadas, que reduzem o risco de problemas cardiovasculares, tem propriedas anti-inflamatórias e combate radicais livres. Mas de longe o principal benefício é o seu conteúdo de Omega 3. Um nutriente extremamente desejado em uma Dieta Paleolítica que utilize carne de animais alimentados com ração. O óleo de côco se encaixa melhor em uma dieta rica em peixes marinhos. Coincidência ou não, essa relação é observada em alguns povos naturais no litoral.
Conclusão: Não é necessário se preocupar em incluir óleo de côco na dieta, principalmente por ele ser de difícil acesso e um pouco caro. O seu uso e preferência em relação ao azeite é pessoal. Em uma dieta sem grandes quantidades de peixes marinhos, o azeite é muito mais adequado nutricionalmente.
Polvilho de Mandioca (e Tapioca)
Embora existam argumentos de que é consumido na natureza por povos indígenas, o seu uso viola 70% dos princípios que garantem os benefícos de uma Dieta Paleolítica. O polvilho nada mais é do que o amido refinado da mandioca. Tapioca é polvilho com água.
Em primeiro lugar, ele tem índice glicêmico alto. Libera glicose de forma muito rápida no sangue, prejudicando a disposição e o emagrecimento. Mais informações AQUI.
Se puder, pegue o rótulo de uma embalagem de tapioca ou polvilho. Veja as vitaminas e minerais. Isso mesmo, zero. Além do carboidrato, eles não possuem valor nutricional algum.
Mas ainda sim, pode ser considerado um "carboidrato limpo", sem toxinas, lecitinas, saponinas, glúten, etc. O uso regular é altamente não recomendado. O uso esporádico fica a critério pessoal.
Já a mandioca é outra história. Possúi I.G. baixo, Vitaminas A e C, cálcio, ferro e magnésio.
Sucos e Frutas Secas
Não são Paleolíticos, obviamente. Sucos, em alguns casos removem as fibras, e apresentam alta concentração de carboidratos, sendo de fácil ingestão, assim como frutas secas. Mas, a principio, o problema de consumi-los é mínimo, exceto que a quantidade deve ser controlada, diferente de frutas inteiras e frescas, onde o consumo pode ser à vontade.
São perfeitamente permitidos desde que sua dieta seja calculada, e eles obedeçam sua cota total de carboidratos. E claro, sem açúcar adicionado. Inclusive sendo uma ótima opção para atletas e fisiculturistas que precisam comer muito.
Um suco fantástico é o de laranja, apresentantando um índice glicêmico de 46, melhor do que batata-doce. Mesmo versões industrializadas sem açúcar e aditivos são aceitáveis, e muito práticas no dia-a-dia. Mas, reforçando novamente, a quantidade a ser consumida deve ser previamente calculada.
Conclusão
Espero que essa breve lista tenha o ajudado a compreender mais profundamente a Dieta Paleolítica, e a tomar melhores decisões no dia-a-dia.
Cordialmente, Vinícius Custodio.
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D2
D3
D4
D5
D6
Amendoim
Batata
Café
Carnes
Óleo Côco
Polvilho
Sucos
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