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CALORIAS IMPORTAM

A luz solar que atinge a Terra possui um valor energético de 42.500.000.000.000 Calorias por segundo. Em última análise, graças à fotossíntese, todas as Calorias dos alimentos que ingerimos são provenientes do Sol.

 

A caloria é uma medida física para calor. Indica a energia necessária para elevar 1 grama de água de 14,5 ºC para 15,5 ºC. Na nutrição é utilizada a quilocaloria, que equivale a mil calorias, e é representada como kcal ou Caloria, com C maiúsculo.

 

Ou seja: 4.000 calorias = 4 quilocalorias = 4 kcal = 4 Calorias

 

Uma maçã média possuí 75 Calorias.

 

Ela é determinada incinerando uma amostra de alimento em um aparelho chamado calorímetro, que mensura o calor emitido. Qualquer objeto, capaz de ser queimado, se jogado lá dentro irá indicar um valor calórico. Incluindo o computador, tablet ou smartphone utilizado por você para ler este texto. Porém, nós seres humanos não somos avançados o bastante para obter energia de fontes tão diversas. Nos limitamos principalmente a 3 categorias de moléculas, conhecidas como macronutrientes:

 

  • Carboidratos, com 4 kcal por grama. A digestão os transforma em glicose.

 

  • Proteínas, com 4 kcal por grama. A digestão as transforma em aminoácidos.

 

  • Gorduras, com 9 kcal por grama. A digestão as transforma em ácidos graxos.

 

Nós somos formados por essas substâncias, e caso você decida pular dentro do calorímetro, será indicado um valor de aproximadamente 115.000 Calorias aproveitáveis. Se estiver acima do peso esse valor pode ser muito maior!

 

Também, curiosamente, conseguimos utilizar as Calorias do álcool. Isso não significa que você deva. Cada grama possúi 7 kcal.

 

 

A IMPORTÂNCIA DAS CALORIAS NA ALIMENTAÇÃO

 

"Se eu consumir mais Calorias do que gasto, vou acumular gordura?" A resposta mais precisa para essa pergunta é: Depende. Depende das próprias Calorias (elas tem vontade própria, é isso?).

 

Além do valor total, quantitativo, é necessário saber o valor qualitativo dessas Calorias. A forma como elas estão divididas entre aqueles 3 macronutrientes, e mais alguns detalhes sobre eles.

 

Ao ingerirmos gorduras, elas são quebradas em ácidos graxos, que são transportados pelo corpo, entre outras funções, para fornecer energia e criar reservas de gordura. O processo de criação de gordura, porém, é bastante controlado e tende a não armazenar reservas em excesso, mesmo quando consumimos mais do que o necessário. Ao utilizar gordura alimentar como energia, ela "ensina" o corpo a usar melhor as suas próprias reservas de gordura corporal. Na prática, o consumo excessivo de gordura pode impedir o emagrecimento, mas é quase impossível que faça a gordura corporal aumentar.

 

As proteínas são difíceis de serem quebradas, e uma parte do seu valor energético é perdido no processo. Como consequência, o metabolismo corporal acaba sendo bastante acelerado. Elas também estimulam um hormônio chamado glucagon, que reduz a formação de gordura corporal e aumenta o seu uso, gerando o benefício adicional de reduzir a fome. Embora o excesso de proteínas possa causar conversão delas em glicose e teoricamente acumular gordura, ensaios clínicos mostram que isso não ocorre.

 

Agora os carboidratos. São digeridos e viram glicose, que é lançada no sangue. Quando o carboidrato vem de fontes de lenta liberação (baixo índice glicêmico) e é consumido em quantidade adequada, essa glicose é liberada gradualmente e utilizada como fonte de energia e alguns outros processos, sendo gradualmente removida do sangue sem causar acúmulo de gordura. Já com o excesso de glicose no sangue é bem diferente.

 

A dieta tradicional média possúi cerca de 60% de Carboidrato, 20% de Proteína e 20% de Gordura. Porém, 60% de carboidrato é quase o dobro do que nós realmente precisamos. E o pior, as fontes mais comuns (arroz, pães, massas, etc) possuem alto índice glicêmico, ou seja viram glicose no sangue muito rapidamente, liberando grandes quantidades de um hormônio chamado insulina, oposto do glucagon. Ela bloqueia o uso de gordura corporal e faz com que toda a glicose em excesso seja armazenada, uma parte pequena em glicogênio, e o restante em mais gordura corporal. Para piorar, você sente muita fome quando a insulina abaixa (mais detalhes AQUI).

 

Alto carboidrato implica em baixa proteína, minimizando os seus efeitos emagrecedores, assim como implica em baixa gordura, fazendo o corpo desaprender a usa-la como fonte de energia. Em uma dieta assim é bastante importante controlar a quantidade de Calorias que estão entrando, pois ela está, hormonalmente e metabolicamente, incentivando o organismo a acumular mais gordura corporal, e qualquer excesso será acumulado. Nesse contexto também entra a recomendação de dividir mais as refeições, comendo de 3 em 3 horas (ou até menos) para reduzir os picos de insulina. Estes dois métodos funcionam? Razoavelmente sim. É o ideal? Não, é apenas uma forma de minimizar os efeitos nocivos de uma alimentação bastante inadequada.

 

Excessos de proteína e gordura tem um impacto praticamente nulo no acúmulo de gordura corporal, principalmente em uma dieta com níveis adequados de carboidrato. Se o carboidrato estiver alto demais, excessos nos outros 2 macronutrientes podem potencializar o acúmulo de gordura, mas não causa-lo. O mais interessante é que uma dieta com níveis adequados dos 3, vindos de alimentos naturais, o apetite tende a se regular muito bem, e dificilmente você irá ingerir mais do que o necessário. E qual seria o nível adequado? Em torno de um terço de cada, cerca de 35% de Carboidrato, 35% de Proteína e 30% de Gordura.

Então não preciso controlar as Calorias em uma Dieta Paleolítica?

 

A príncipio não, comendo à vontade dentro dos grupos permitidos, e combinando adequadamente fontes vegetais e animais, é provável que você irá cair nos valores calóricos adequados para uma pessoa normal. AQUI há uma lista dos alimentos permitidos.

 

Mas as Calorias são uma informação muito preciosa sobre a sua dieta. Não apenas o valor total, mas também a forma e proporção que estão distribuídos os macronutrientes, que podem ser cruciais para analises mais profundas e para direcionar a dieta para objetivos específicos. AQUI há um guia completo para isso.

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QUEM SOMOS

Vinícius Custodio
Autor do PaleoHARD. Atleta no ciclismo de estrada há 8 anos, adepto e divulgador da Dieta Paleolítica.

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