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INTRODUÇÃO

Dieta Paleolítica

O objetivo da Dieta Paleolítica é bastante simples, mas nem um pouco simplista: Ser a melhor alimentação possível.

 

Darei um exemplo clássico (e que talvez você conheça). Supomos que você seja designado para cuidar de um zoológico com um leão e uma girafa. Sabe-se que a alimentação do leão deve ser a base de carne e a alimentação da girafa deve ser a base de folhas. Qual a razão disso? A resposta é óbvia, é o que consomem na natureza. Eles foram moldados pelo ambiente em que seus descendentes viveram, onde possuiam tais fontes de alimentos. Se adaptaram para obte-las e usa-las como matéria prima para construirem seus corpos e produzir energia.

 

E caso aparecesse um animal desconhecido por você? Qual seria a alimentação dele? A resposta não é complicada. A melhor forma seria observando o que ele come na natureza ou buscando estudos de pessoas sobre esse animal. Um ornitorrinco é carnivoro. A melhor alimentação possível para ele são minhocas e pequenos animais aquaticos que consome em seu ambiente natural.

 

Certo, mas esta é a única alternativa de alimentação? Eles morreriam com outras fontes nutricionais? Sim, é possível para um animal sobreviver e adaptar o seu corpo para outros nutrientes. Porém ele terá prejuízos em sua saúde, constituição e desempenho físicos e taxa de fertilidade.

 

 

E qual a alimentação natural (e ideal) dos humanos?

 

"Somos todos macacos", que cairam das árvores, aprenderam a falar, produzir armas de caça e dominaram o fogo. O Homo sapiens (e a "Mulher sapiens" também) existem há cerca 180 mil anos. Nossos ancestrais com estilos semelhantes de vida existem há 2 milhões de anos. Para descobrir o que eles comiam existe a arqueologia, mais especificamente a paleontologia, que estudam registros fósseis dos nossos antepassados.

 

Embora alguns detalhes sejam discutíveis e existam exceções, é possível ter uma visão bastante consolidada de como era alimentação humana natural. Basicamente tudo que era possível ser caçado ou coletado. Em ordem de importância para a sobrevivência:

 

  • A base de macronutrientes vinha da carne dos animais caçados ou pescados e ovos coletados. Supriam as nossas necessidades de proteína e gordura.

 

  • Também entravam tubérculos e frutas coletados como fonte energética, mas de um outro tipo de nutriente, os carboidratos.

 

  • E por ultimo, vegetais, com um baixíssimo valor calórico, mas ricos em micronutrientes (vitaminas, minerais, anti-oxidantes e fito-quimicos).

 

 

E por que comemos de forma tão diferente disso? E os grãos integrais? As leguminosas? O leite? Não são naturais?!

 

Os alimentos citados acima foram introduzidos em um período chamado Neolítico, onde o homem deixou de ser nômade e deu início a agricultura e a civilização. Os grãos são fáceis de produzir em larga escala, fáceis de armazenar por longos períodos e altamente energéticos. A questão é que isso faz "apenas" 10 mil anos. O leite e derivados são mais recentes ainda. Um tempo pouco significante na história evolutiva humana e incapaz de produzir grandes mudanças genéticas, e ainda por cima coincidindo com a gradual exclusão da seleção natural. Não existe mais nenhuma pressão evolutiva para perdermos o apendice ou o dente do siso. Ainda somos os mesmos de milhares de anos atrás. É possível se adaptar e sobreviver com uma alimentação diferente da natural, mas com graves consequências físicas. Grãos são alimentos de pássaros, não de humanos ou sequer macacos.

 

 

E as diretrizes nutricionais tradicionais? Não seriam a melhor alimentação possível?

 

A nutrição tradicional tem um papel importantíssimo e jamais deve ser desprezada. Muito do conhecimento produzido por ela é usado na Dieta Paleolítica. Porém ela parte de uma premissa diferente. Ela não busca a melhor alimentação possível. Ela busca combinar os alimentos disponíveis e culturalmente aceitos de forma menos nociva, e é capaz de conseguir resultados razoáveis. Exemplo óbvio disso é a questão de comer de 3 em 3 horas e preferir carboidratos de lenta absorção. Se "precisamos" ter como base os carboidratos (energia rápida ou imediata) é melhor dividi-los ao longo do dia, entregando a energia de forma mais gradual, e reduzindo os picos de insulina e acúmulo de gordura.

 

Neste contexto a ideia do balanço calórico faz bastante sentido, pois todo o carboidrato refinado é transformado em energia no nosso corpo. Ele não sabe lidar com os excessos, que são estocados como gordura. E é bastante fácil ingerir carboidratos refinados em excesso (pães, massas, bolos, industrializados em geral). Para uma dieta tradicional funcionar é exigido um controle muito rígido de horários e quantidades (além de passar fome), e ainda sim, há muitos prejuízos para a saúde.

 

Existe uma ideia bastante propagada de que os homens pré-históricos viviam em constante escassez, e logo qualquer excesso na alimentação precisava ser armazenado. Então hoje, em condições mais amenas, tendemos a comer mais do que precisamos e guardar o excesso. Isso não é verdade. Nosso corpo sabe lidar perfeitamente com os alimentos naturais e é programado geneticamente para ser alto, forte e atlético. Em condições mais amenas, com alimentos naturais, acontece uma ampliação daquelas características desejáveis - e não a obesidade.

 

 

Simplesmente não é possível ficar acima do peso com uma Alimentação Paleolítica, independente de contar ou não Calorias.

 

Estudos mostram, inclusive, que os homens pré-históricos eram mais altos, tinham ossos mais fortes e o cérebro levemente maior do que os homens modernos. Segundo o internacionalmente prestigiado Museu Australiano de história natural:

 

  • 40.000 anos, os Homens de Cro-Magnon, primeiros de nossa espécie a viver na Europa, possuíam uma estatura média, para homens, de 1,83m.

 

  • 10.000 anos (atrás?), os primeiros fazendeiros europeus possuíam uma média de altura, para homens, de 1,65m.

 

  • Atualmente a altura da população tem se elevado bastante, mas a média atual européia, para homens, está em 1,75m.

 

Aquelas características se desenvolviam mesmo em meio a um estilo de vida hostil, curto e brutal: doenças e ferimentos sem tratamento, predadores, ausência de habitações fixas, constantes migrações e incertezas. Ainda sim a expectativa de vida, embora baixa, era superior aos primeiros fazendeiros.

 

Incrivelmente, o homem pré-histórico foi capaz de colonizar todos os continentes com exceção da Antártida (atualmente com uma população de menos de 1000 pessoas, em condição não-permanente), incluindo o Circulo Polar Ártico, Ihas Oceânicas e a Austrália.

 

O homem de Neanderthal (outra espécie paralela a nós) era mais forte, mais inteligente, com melhor visão e conservador ao expandir seus territórios, mantendo-se apenas na Europa. O Homo sapiens possui um agressivo comportamento desbravador - descrito por paleontólogos como uma aparente loucura. Imagine quantos de nossa espécie não se lançaram ao mar em jangadas improvisadas, sem qualquer certeza, para nunca mais serem vistos. Mas quando condições climáticas adversas surgiram, devastando a Europa, não fomos nós os extintos.

 

Analisando tribos atuais, que ainda vivem como os homens pré-históricos, não são encontrados problemas cardíacos, pressão alta, diabetes, obesidade, anemia, osteoporose, escorbuto, cáries, etc. Estudos atuais relacionam os carboidratos refinados e laticínios (e a falta dos alimentos que eles estão excluindo) como os principais causadores de todos esses problemas. E como já mencionado, o corpo não sabe lidar com o seu excesso.

 

 

Mas o mundo mudou. Não vivemos na era Paleolítica. Temos vidas, necessidades, desejos completamente diferentes. Os alimentos também não são mais idênticos. A dieta não deveria mudar?

A resposta é SIM! A dieta pode e deve se adaptar as nossas necessidades e desejos. Mas a base continua sendo a mesma.

 

Por mais exceções que sejam abertas, dificilmente a sua dieta específica vai se distanciar além de 90% do que foi a nossa dieta ancestral. Não é porque você pratica esportes de alta performance (algo anti-natural) e a carne hoje vem de animais e cortes selecionados que justifica-se subtituir um bife por uma tigela de sucrilhos (ou um "saudável" prato de macarrão integral).

 

Espero que a Dieta Paleolítica seja um marco em sua vida, como foi na minha.

 

90% das recomendações nutricionais hoje, baseadas em ciência, concordam com a a Dieta Paleolítica em termos de saúde e facilidade de adesão. Veja mais detalhes AQUI.

 

AQUI poderá ler como a conheci e os benefícios que obtive.

 

AQUI um guia mais detalhado do que comer, e AQUI do que não comer.

 

Cordialmente, Vinícius Custodio.

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QUEM SOMOS

Vinícius Custodio
Autor do PaleoHARD. Atleta no ciclismo de estrada há 8 anos, adepto e divulgador da Dieta Paleolítica.

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